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Retirada de injeções monetária caminha para antecipar alta de juros prevista para 2023

“Haverá um momento nas próximas reuniões em que estaremos no ponto de podermos começar a discutir a redução do ritmo de compras de ativos”, disse o vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Richard Clarida, em entrevista ao Yahoo Finance. “Vai depender do fluxo de dados que recebermos”, em alusão as taxas mais aceleradas de inflação e crescimento que podem, ou não, se manter ao longo dos próximos meses.

Essa retirada de injeções monetária caminha para antecipar alta de juros prevista para 2023.

Conforme anotado pela agência Dow Jones, desde junho de 2020, o Fed vem comprando US$ 80 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 40 bilhões em títulos lastreados em hipotecas mensalmente para conter os custos dos empréstimos de longo prazo. Boa parte da dinheirama tem escorrido em busca de rendimentos melhores que a renda fixa, com juros de referência zerados, nas bolsas. E ajuda a entender o rali histórica, em especial de papéis ligados à tecnologia, iniciado pouco depois do que baque sofrido pela chegada da pandemia ao Ocidente.

Mas tudo que sobe muito… Pode cair em intensidade semelhante. E é esse temor que tem feito os mercados balançarem nas últimas semanas. O de, ao secar a fonte de liquidez, as bolhas infladas pelo Fed começarem a murchar com maior intensidade. Essa expectativa, e os mercados são regidos por esse sentimento, já tem sido refletidas nos preços atualmente.

BY ALEXSANDER QUEIROZ SILVA
Fonte: Valor Investe

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