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Ele destaca que entre os produtos mais embarcados pelo país, excetuando a soja, houve elevação de quantidades em junho, com destaque para alta de 12,2% no minério de ferro e de 53,7% no petróleo

A exportação em junho somou US$ 28,1 bilhões, com alta de 60,8% em relação a igual período do ano passado. Além do avanço de 44% no preço médio dos embarques, chama a atenção o aumento da quantidade em 11,4%, em variação maior que os 7,8% considerando o primeiro semestre, afirma José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Ele destaca que entre os produtos mais embarcados pelo país, excetuando a soja, houve elevação de quantidades em junho, com destaque para alta de 12,2% no minério de ferro e de 53,7% no petróleo na comparação com igual mês do ano passado. A elevação de preços desses produtos segue alta, com avanço de 142,5% para o minério e de 101% no petróleo, na mesma comparação.

Nas importações o quantum, que já vinha sendo o fator que dava impulso no ano, se acelerou ainda mais em junho. O valor das importações em junho somou US$ 17,7 bilhões, com alta de 61,5% na comparação interanual.

O volume avançou 41,3% no mês, contra 24,3% no acumulado. E os preços passaram a pressionar mais os desembarques, com alta média de 13,5% em junho, variação quase dez pontos percentuais acima da média de 4,6% do primeiro semestre.

Na importação, Castro destaca o avanço dos intermediários que no acumulado de janeiro a junho chegou a 38,1%, em variação acima dos 26,6% do total dos desembarques. A participação dessa categoria de bens avançou de 60,5% para 66% no total da importações.

Essa variação, avalia Castro, não condiz com a evolução da produção industrial e provavelmente reflete reposição de desabastecimentos anteriores e principalmente compra direta do exterior em substituição a fornecedores domésticos, seja por questão de preço ou por quebra na cadeia produtiva.

Ao mesmo tempo, diz ele, também no semestre, a importação de bens de capital apresentou queda de 4,8%, refletindo ainda a falta de confiança suficiente para novos investimentos ou ampliação de capacidade de produção.

BY ALEXSANDER QUEIROZ SILVA
Fonte: Valor Investe

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